Solidários com Cabo Verde CLUBE DOS DISTRITAIS DE LISBOA AJUDA A ESCOLA DE JAIME PACHECO | |
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Sexta-feira, 26 Novembro de 2010
Autor: CARLA PEREIRA
Em 2001, após a conquista do título nacional, o Boavista fez uma digressão a Cabo Verde. Na visita à ilha de São Vicente, o técnico Jaime Pacheco visitou o Batuque FC (7.ª filial do clube do Bessa), ocasião aproveitada para o apadrinhamento de uma escola de formação: a Escola de Futebol Jaime Pacheco. Nove anos volvidos, o Boavista afundou-se na 2.ª Divisão, enquanto a escola com o nome do treinador também luta pela sobrevivência, sem condições nem equipamentos para os cerca de 100 jovens que ali começam a dar os primeiros passos no futebol.
Face a esta situação, o Sporting de Linda-a-Velha, clube que milita nos distritais de Lisboa, decidiu ajudar os jovens de São Vicente com o envio de vários equipamentos e bolas, provando, mais uma vez, que no futebol a solidariedade não é uma palavra vã.
Tudo começou nas redes sociais, mais propriamente no Facebook, onde o treinador de juniores do Linda-a-Velha, Francisco Silva, de 38 anos, conheceu Ari dos Santos, coordenador da escola cabo-verdiana, tendo sensibilizado os dirigentes do clube para a crua realidade.
“Soubemos que eles estavam em dificuldades e não hesitámos em ajudá-los. Temos equipamentos de treino e jogo que já não utilizamos, alguns por estarem mais usados, outros por o patrocinador ter mudado”, explica o presidente Vítor Tomé, de 57 anos, especificando o apoio: 50 bolas, 100 camisolas de jogo, 80 camisolas, coletes de treino e polos. “Desta forma ficamos felizes por poder auxiliar quem precisa. E, no futuro, quem sabe, poder voltar a contribuir para que estes jovens tenham outras condições”, sublinha o líder do Linda-a-Velha. E Francisco Silva acrescenta: “O transporte do material para Cabo Verde está a cargo de uma transportadora de Eduardo Carvalho, que também está solidário com esta iniciativa e, como tal, fará o envio sem qualquer custo.”
O quarto grande. O Sp. Linda-a-Velha é liderado há 12 anos por Vítor Tomé, um presidente orgulhoso das 11 equipas que movimentam cerca de 500 atletas. “Somos o clube, a seguir aos três grandes de Lisboa (Benfica, Belenenses e Sporting) com mais inscrições na AF Lisboa. O nosso objectivo era ter uma sede, que já foi prometida pelo presidente da Câmara de Oeiras, e conseguir que a equipa sénior atinja os nacionais”, adianta Vítor Tomé.